É muito comum que crianças com autismo apresentem seletividade alimentar.
Isso pode incluir a recusa por certos tipos de alimentos, um repertório restrito ou até mesmo uma preferência exclusiva por apenas um tipo de alimento. Isso pode resultar em deficiências de vitaminas e minerais cruciais, que favorecem os problemas mencionados na imagem acima.
Os distúrbios gastrointestinais são bastante comuns em crianças com TEA, incluindo a Disbiose intestinal que é quando ocorre um desequilíbrio entre bactérias protetoras e patogenas no intestino, favorecendo a dominical da produção de enzimas digestivas, inflamação da parede intestinal e aumento da permeabilidade intestinal.
Assim, pode ser que lidem mais com sintomas gastrointestinais desagradáveis, como: dores abdominais, diarréias crônicas, flatulência, vômitos, regurgitação, perda de peso, intolerância alimentar, disenteria, irritabilidade intestinal, etc.
Um estudo conduzido nos Estados Unidos, mediado pela pesquisa Nacional de nutrição e promoção da saúde da criança de 2016, certificou que 19 a 23% das crianças com TEA apresentaram sobrepeso e Obesidade.
Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária para compensar deficiências específicas. Vitaminas como a vitamina D e minerais como o zinco e o magnésio, muitas vezes em níveis inadequados, podem ser ajustados com a orientação de profissionais de saúde.
Introduzir estratégias de alimentação sensorial pode ajudar a superar aversões alimentares e promover uma relação mais positiva com a comida.
Lembrete: Quando a criança possui inadequado consumo alimentar isto pode modificar o seu estado nutricional e até mesmo agravar os sintomas do TEA. Por isso, é essencial manter consultas regulares com a gastropediatra para a avaliação e acompanhamento do estado nutricional da criança e abordagens adequadas.
____ Dra. Aleksandra Piancó
Gastropediatra
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